Research - , São Paulo, Brazil
O primeiro equipamento de Ressonância Magnética Nuclear (RMN) adquirido pelo Departamento de Química da Universidade Federal de São Carlos (DQ-UFSCar), e talvez um dos primeiros do Brasil, foi em 1975. Um equipamento de 1,4 Tesla (60 MHz para frequência do hidrogênio), marca Hitachi-Perkin Elmer, modelo R22-A (figura 1), imã permanente e ondas contínuas. Somente era possível realizar experimentos de RMN de 1H e para amostras solúveis em CCl4, uma vez que não se usava solventes deuterados. Esse equipamento ainda permanece no lab. de RMN do DQ-UFSCar mas fora de funcionamento. Apenas é mantido como peça de recordação . Em 1985 o DQ-UFSCar adquiriu um novo equipamento, de 1,87 Tesla (80 MHz para frequência do hidrogênio), marca Varian, modelo FT-80-A (figura 2), eletroímã e com transformada de Fourier. Portanto, era possível obter espectros de RMN de outros núcleos, além do hidrogênio, principalmente de carbono 13. Introduzia-se o uso de solventes deuterados para dissolução das amostras para o ajuste da homogeneidade do campo magnético local. Esse equipamento funcionou até 1995 quando foi doado para a Universidade Estadual de Londrina (UEL). Somente em 1993 o DQ-UFSCar recebeu o seu primeiro equipamento de RMN supercondutor, 9,4 Tesla (400 MHz para frequência do hidrogênio), marca Bruker, modelo DRX400 (figura 3) e usando um sistema operacional baseado na linguagem Unix. Esse equipamento foi adquirido com recursos da Fapesp, através de um projeto temático coordenado pelo Prof. Dr. João Batista Fernandes, e, embora tenha sido adquirido com recursos de um projeto temático, ele sempre funcionou no sistema multiusuários desde o seu início. Até então, era um dos pouquíssimos (se não o único) equipamento com esse campo magnético e usando um sistema operacional pouco usual, naquela época, para equipamentos de RMN. Foi graças ao trabalho exaustivo do Prof. Edson Rodrigues Filho, recém-contratado no DQ, que foram realizados os primeiros espectros de RMN 2D.