Poeme-se nasceu da necessidade de retirar o substantivo poema de sua pacata vida de dar nome a alguma coisa quase que inominável. Viu-se a derradeira hora de verbalizar em mil ações aquela palavra acanhada, esquecida pelas adolescências amorosas, entregue aos cadernos velhos que, sem pudores, seguem esvaecendo sentimento por sentimento. O substantivo virou verbo, ganhou vida, mais beleza e graça. Trocou a traça dos cadernos por pano, linha, cor, camiseta, estampa e saia. Basta agora vestir palavra por palavra, ser poeta de novo e fazer da vida o que sonhava!